Este é um ode às músicas que na verdade não fazem muito sentido
Ódio que se passa por ode, face que passa fascinação
Como podem ser tantas, e, no entanto, serem pouco ou tão?
Elas vão aos montes, muitas nem se diz se são
E no frigir da vontade, em mensagem, pouco dão
Mas borbulham, proliferam, fazem fama, dinheiro, culhão
Este é um hino aos poemas que na vedade não fazem muito sentido
Antigos qual a arte em si, versos cravados de sol a sol
Efeitos rimáticos, psicossemânticos, neocacofonias de dar dó
Eles já são regra, sua forma, o padrão
Já nem se questiona, ditam o estilo cão
Pessoalmente, melhores que lidos, só escritos à mão
Esta é uma homenagem à arte, quando só em parte chega a fazer sentido
Homens que não agem à parte, é até bonito quando o princípio é seguido
Se a obra é feita porque se deve fazê-la
Sem mais nem menos, sem nenhuma outra função
E fica claro que esse era o intuito, então
Cabe a quem sabe dar razão ao que se toca,
dar razão ao que lhe toca, que lhe toca o coração.
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