quinta-feira, 30 de julho de 2009

Shoooow do Milhão!

(Viu? Pra que entrar em pânico. Agora você tem certeza do que vai acontecer - NATAL 2009 NA USP, É NÓIS)

OK. Não era disso que eu vim tratar, mas se é pra dar uma conclusão ao assunto anterior, que ela seja feita - obviamente eu fiquei meio sem saber se era pra ficar feliz ou triste, até porque duas semanas de férias em dezembro costuma ser melhor do que em agosto, onde só você tá de férias (mentira, o Alex também tá de férias, e eu não ligo se só eu mesmo entender essa piada. :D). Mas, no final das contas, como não se pode fazer nada, o jeito é ficar feliz: ao menos eu sei quando começam minhas aulas.


Bom, vim aqui falar de uma coisa que notei faz umas duas semanas, e que resolvi... estudar um pouco antes de soltar minha opinião pra todo mundo que quiser ler. Pra quem não sabe, quarta-feira, às dez e meia da noite, pra alegria de quem quer dar risada e pra esperança de ganhar dinheiro de quem assiste novela, voltou o Show do Milhão! MAH OEEE!

Quando passava antigamante eu adorava assistir, sempre pensava em um dia comprar a maldita revista SBT lá só pra tentar ganhar um milhão. Tinha o jogo (Camelô: vieram o 1, o 2 e o 3 no mesmo CD) no PC, sabia até a manha pra deixar no Highscore só pontuação com um milhão de reais - apertando Ctrl-Alt-Del e cancelando, ele avançava pra pergunta seguinte. Mas eu era até que bem bonzinho no jogo, chegava fácil nos 100 mil. E isso até parece bastante, se você não levar em consideração que era fácil entender o funcionamento das placas, que os universitários sempre indicavam a resposta certa (e nunca eram maria-vai-com-as-outras, um deles sempre errava) e que não tinha TAAANTAS perguntas assim, o que é, na verdade, sintoma de jogos de perguntas. Mas enfim. Nossa, como eu gostava daquilo. Ficava puto, também, quando algum boçal errava alguma coisa tosca. Tudo bem, não era eu que estava sob pressão.

Hoje, quando resolvi passar pela Wikipédia pra ver se acrescentava alguma informação útil a este post, me deparei com uma seção de "episódios cômicos" do programa. Lá falava do cara que pensou que na bandeira tava escrito Ordem Ou Progresso e perdeu a última pergunta, falava da mulher que não sabia quantos eram os SETE anões, do cara que não sabia que fruta é secada para se obter a AMEIXA seca... e provavelmente mais alguma coisa. O curioso é que a impressão que eu tive foi de que, na nova edição do programa, já se conseguiu um número igual de casos cômicos. E talvez seja verdade, se somar a ontem - o cara falando com certeza que MÃO tinha três SÍLABAS, por exemplo. Claro, pra mim o mais engraçado foi de outro dia aí que a mulher, depois de quase confirmar que Orkut era um diário na internet (alternativas: Orkut, PLOC, Blog e uma outra lá), disse também com certa certeza que a Via Láctea era uma marca de leite(?!). As outras alternativas eram marca de carro(?!?!), galáxia, e... acho que minha mente não computa mais do que três opções. Mas eu tenho ficado espantado com a quantidade de perguntas estúpidas que o povo erra. Tem umas tão ridículas que ninguém tem a capacidade de errar (por exemplo, todo mundo sabe ue Robocop não é uma história infantil, ou que 43 é ímpar), só que aparecem umas que qualquer cidadão que se põe a pensar direito fica sem poder levar a sério. Mas tudo bem. Ninguém é obrigado a saber. :S

Deve ser por isso que agora, sempre que alguém vai fazer merda e ele percebe, o Sílvio Santos fala "olha, você ainda pode pedir cartas, pular, pedir ajuda aos universitários" e coisa e tal. Não sei se ele devia fazer isso. São as cagadas que dão audiência, e que fazem o povo ganhar pouco dinheiro, não?

Outro ponto que me deixa dando risada é o novo esquema de perguntas. Pra quem não lembra, antes era de 1 a 5 mil, de 10 a 50 mil, de 100 a 500 mil, e a famigerada questão milhonária. Beleza, 16 perguntas. Agora são 24 - acrescentrou as de 500 a 900 reais e as de 6, 60 e 600 mil. Dá pra compreender, é só um jeito a mais de retardar a pessoa, fazê-la gastar os seus evitadores de perguntas (pulo, universitários e toda aquela coisarada) antes dos desafios piores. Mas por que, o SBT tá perdendo dinheiro? E de onde veio essa Jequiti de patrocínio? Eu vi o programa três vezes e já mudo de canal quando o Sílvio Santos começa aquele papo de "você também pode ser uma consultora". Ele fala também do Roda a Roda Jequiti. Esse eu não vi, mas também não tenho planos de ver. Sò fico aqui me perguntando se a marca e a emissora bebem do mesmo bolso, ou se é uma "ajuda" de alguém. Não chego a muita conclusão, mas nem dá nada. O legal é assistir pra dar risada. E ora ouvir a voz do Lombardi. OLÁ SÍLLLLVIO! ESTA É A NOVA TELE-SENA DO DIA DOS PAIS!

Por sinal, ainda existe a Tele-Sena?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

OINC OINC OINC

Puz-me a pensar (fodeu!). Eu tô vendo um vídeo bacana pra me animar e tá dando certo, mas ainda sim continuo pensando. Deixa o vídeo aí, enquanto eu penso.



Minhas aulas estavam pra começar segunda-feira. Tudo certo, tudo previsto. Já era meio esquisito pra mim, porque depois de tanto tempo de férias a mente se assenta à vagalidade, a ponto de eu olhar pros outros que já voltaram à rotina e ver como eu não estou fazendo nada, como o meu dia não rende. Mas tudo bem, são férias, tem que aproveitar porque depois se sobrar tempo pra respirar é lucro. Na verdade a esquisitice era um pouco maior porque este semestre eu começo outro curso - entrei finalmente no Ciências Moleculares. Aí, pensar que "segunda-feira eu tô lá em São Paulo, tendo aulas fodas e coisas fodas pra estudar" é muito distante da minha realidade atual. Mas, ainda assim, era certeiro. É melhor ter certeza de algo potencialmente assustador (tudo bem, eu gosto do curso, mas é bom manter um pé na realidade D: ) do que... ter certeza de não saber nada.

Por aí. Graças ao sensacionalismo da mídia às precauções a respeito da gripe suína (Gripe A, Influenza A H1N1... a quem querem enganar, o nome pegou), a USP, a UNESP e a Unicamp adiaram o início das aulas para o dia 17 de agosto. OHNOEZ MAIS DUAS SEMANAS DE FÉRIAS! É, eu tava assim ontem. Sinceramente não sabia se ficava feliz ou triste, porque isso pode significar (quase) passar o natal na USP, ou coisas assim, já que originalmente as aulas acabariam no dia 9 de dezembro. No entanto, escolhi ficar feliz, já que nada que eu fizesse alteraria esse resultado. Eu tava na minha feliz ignorância, certo de que no CM seria assim também, porque tá no campus principal, cidade universitária, patati patatá, e tem que obedecer etc. Só que então me levantaram essa questão ("Filho, liga lá no curso pra ver se eles também vão começar as aulas só dia 17, porque eu não acho que eles vão parar"). Acontece que eu também não acho que vão fazer isso. Se a Física já não era dessas, imagina o CCM? E mesmo assim parte de mim se agarra à primeira ideia. Em suma, novamente eu tô numa situação constrangedora - ah, que alegria: não sei se o melhor seria partir logo, ou se seria ficar. Minha mente já estava querendo ficar, já havia se conformado e aprendido a gostar do resultado anterior, mas agora vem essa questão no ar, essa nuvem que tudo indica que só vai se dissipar amanhã, já que a notícia saiu ontem. E o mais legal é que não há nada que eu possa fazer para saber o veredito, apenas ligar lá amanhã à tarde - e torcer pra que já tenham decidido. Eu não gosto de ficar num falso dilema assim, onde as minhas escolhas se limitam a o que vou achar disso. Acontece que "isso" é uma coisa que ainda não existe, é a decisão da coordenadoria do curso, que talvez ainda nem esteja sabendo direito da notícia que teoricamente afeta toda a universidade.

Confesso que estou sendo muito apressado. Eu preciso aprender a esperar melhor, achei que soubesse. Eles não são obrigados a terem já decidido isso, eu que supus - pelo jeito, erroneamente - que como nós (o mundo) fomos informados ontem, eles (o povo ali de dentro) já sabiam fazia um tempinho, nem que fossem horas. Talvez soubessem. Não sei. No que tange a mim, o melhor é seguir pelo Carpe Diem. Viver cada dia como se fosse o último, passar cada dia em Londrina como se eu tivesse aula no dia seguinte. Oh bosta, viu! hahahah

(Supostamente) o diálogo do dia (de anteontem):

Eu - Tem gente diz que o cachorro é o melhor amigo do homem. Eu acho que o homem é o melhor amigo do cachorro.
Vinícius - Eu acho que o cachorro é a melhor expressão da frase "A ignorância é uma bênção". Olha só, ele fica aí, abanando o rabo... e não sabe de nada.

PS - Ah, eu mudei de São Carlos pra São Paulo, caso ainda alguém pergunte.

sábado, 11 de julho de 2009

O Tempo e os Papos Estranhos no MSN

Esses dias tive uma experiência (ui) que fazia tempo que não tinha - a de me separar (ui[2]). Sério, nem pensava mais nisso, nessa coisa de múltiplos egos, mas foi realmente divertido. Pra explicar a quem provavelmente não vai entender muito de qualquer jeito, adicionei um amigo meu (Vini) no msn e falei pra ele coisa que a minha irmã costuma falar: um jeito certo lá de zoar brincar com ele a respeito da namorada. Beleza, até aí nada. Mas aí ele responde "você não tem msn próprio? por que tem que ficar entrando no do chico?". Eu não entendi, falei pra ele que era eu mesmo, no meu msn.

Não durou muito. Eu acabei me rendendo ao próprio humor macabro, e comecei a imitar a minha irmã - falar como ela, rir do mesmo jeito que ela, usar gírias e palavras que ela usa. Pior que tava com o meu primo do lado, então ele foi ajudando no que eu não sabia direito. E tava realmente engraçado, eu abafava o riso pra não acordar quem estava dormindo por perto. E olha que pra mim é realmente raro rir alto no computador. Até que uma hora não deu mais, eu precisava sair e o cara tava entrando em parafuso, não sabia se quem falava com ele era eu, a Beatriz, ou a Nah. Engraçado que quando eu mostrei que era eu mesmo, ele ainda não acreditou. Foi hilário.

Eniuêi. Foi divertido, me fez lembrar de quando eu entrava naqueles dilemas bizarros de mais de uma voz falando ao mesmo tempo, de quando eu estudei Fernando Pessoa e meio que me identifiquei, de quando o maior "problema" da minha vida era alguma coisa que, na prática, não fazia diferença alguma. E é estranho falar disso com nostalgia, porque realmente não faz muito tempo. Um ano, se muito. Acho que talvez um pouco mais. É, não dá dois anos. É estraño: esses dias resolvi recuperar meu hábito de leitura, e apelei de vez - peguei um que não sei se é de Física, Filosofia ou Linguística. E realmente não deveria saber, porque é uma reunião de artigos que trata da natureza do tempo. Chama (the) Arguments of Time, é da Academia Britânica. É bem óbvio que eu sou um leigo na área, mas gostei do livro. Ele levanta questões bem naquela linha do óbvio-que-não-é-tão-óbvio. Parte dele fala sobre a percepção do tempo, sobre se há diferença entre o "tempo pessoal" (o que passa pra pessoa) e o tempo de forma geral. E é disso que me lembrou esse papo de nostalgia.

Não sei, pra mim tá bem claro que o tempo passa mais rápido pra quem tem mais coisas pra fazer, e que de alguma forma quebrar a rotina faz com que o tempo seja notado mais lentamente. Daí essas duas coisas às vezes acabam se contrabalanceando, às vezes não. Na verdade não está tão claro quanto eu queria que estivesse. Esse é o problema de refletir a respeito de coisas que parecem consolidadas - fica evidente que só parecem. Isso dá pano pra discussão. Teve uma lógica lá que me deixou muito curioso, mesmo depois de duas pessoas pra quem eu tentei explicar não terem prestado atenção suficiente. Mas tudo bem, o negócio é sutil mesmo. Veja bem: qual a definição de passado e futuro? Ah, uma coisa é futuro/passado da outra se aconteceu depois/antes dela. Ótimo. Mas o que é acontecer depois/antes de alguma coisa? Ora, é ser futuro/passado em relação a ela. Mas ora. Então entramos numa coisa cíclica! É essa a ideia. Na verdade, tem mais coisas assim: a maioria dos artigos que eu li (não acabei o livro ainda) fala "isto aqui tá errado, aquilo ali também é mentira", mas não postula nenhuma verdade absoluta.

Mas vamo tocando. Sem saber direito como, porque, onde ou quando, mas vamo tocando. Por sinal, vou ver se tiro mais uma música do Franz Ferdinand agora. Beijos no átrio *=

PS - Citação do Dia:

"As pessoas na internet têm a tendência de repetir as coisas
As pessoas na internet têm a tendência de repetir as coisas[2]"
~ Tiago Foca

PPS - Fazia pouco tempo que eu não postava. Por sinal, não tá formatando direito. Vai assim mesmo.