sábado, 11 de julho de 2009

O Tempo e os Papos Estranhos no MSN

Esses dias tive uma experiência (ui) que fazia tempo que não tinha - a de me separar (ui[2]). Sério, nem pensava mais nisso, nessa coisa de múltiplos egos, mas foi realmente divertido. Pra explicar a quem provavelmente não vai entender muito de qualquer jeito, adicionei um amigo meu (Vini) no msn e falei pra ele coisa que a minha irmã costuma falar: um jeito certo lá de zoar brincar com ele a respeito da namorada. Beleza, até aí nada. Mas aí ele responde "você não tem msn próprio? por que tem que ficar entrando no do chico?". Eu não entendi, falei pra ele que era eu mesmo, no meu msn.

Não durou muito. Eu acabei me rendendo ao próprio humor macabro, e comecei a imitar a minha irmã - falar como ela, rir do mesmo jeito que ela, usar gírias e palavras que ela usa. Pior que tava com o meu primo do lado, então ele foi ajudando no que eu não sabia direito. E tava realmente engraçado, eu abafava o riso pra não acordar quem estava dormindo por perto. E olha que pra mim é realmente raro rir alto no computador. Até que uma hora não deu mais, eu precisava sair e o cara tava entrando em parafuso, não sabia se quem falava com ele era eu, a Beatriz, ou a Nah. Engraçado que quando eu mostrei que era eu mesmo, ele ainda não acreditou. Foi hilário.

Eniuêi. Foi divertido, me fez lembrar de quando eu entrava naqueles dilemas bizarros de mais de uma voz falando ao mesmo tempo, de quando eu estudei Fernando Pessoa e meio que me identifiquei, de quando o maior "problema" da minha vida era alguma coisa que, na prática, não fazia diferença alguma. E é estranho falar disso com nostalgia, porque realmente não faz muito tempo. Um ano, se muito. Acho que talvez um pouco mais. É, não dá dois anos. É estraño: esses dias resolvi recuperar meu hábito de leitura, e apelei de vez - peguei um que não sei se é de Física, Filosofia ou Linguística. E realmente não deveria saber, porque é uma reunião de artigos que trata da natureza do tempo. Chama (the) Arguments of Time, é da Academia Britânica. É bem óbvio que eu sou um leigo na área, mas gostei do livro. Ele levanta questões bem naquela linha do óbvio-que-não-é-tão-óbvio. Parte dele fala sobre a percepção do tempo, sobre se há diferença entre o "tempo pessoal" (o que passa pra pessoa) e o tempo de forma geral. E é disso que me lembrou esse papo de nostalgia.

Não sei, pra mim tá bem claro que o tempo passa mais rápido pra quem tem mais coisas pra fazer, e que de alguma forma quebrar a rotina faz com que o tempo seja notado mais lentamente. Daí essas duas coisas às vezes acabam se contrabalanceando, às vezes não. Na verdade não está tão claro quanto eu queria que estivesse. Esse é o problema de refletir a respeito de coisas que parecem consolidadas - fica evidente que só parecem. Isso dá pano pra discussão. Teve uma lógica lá que me deixou muito curioso, mesmo depois de duas pessoas pra quem eu tentei explicar não terem prestado atenção suficiente. Mas tudo bem, o negócio é sutil mesmo. Veja bem: qual a definição de passado e futuro? Ah, uma coisa é futuro/passado da outra se aconteceu depois/antes dela. Ótimo. Mas o que é acontecer depois/antes de alguma coisa? Ora, é ser futuro/passado em relação a ela. Mas ora. Então entramos numa coisa cíclica! É essa a ideia. Na verdade, tem mais coisas assim: a maioria dos artigos que eu li (não acabei o livro ainda) fala "isto aqui tá errado, aquilo ali também é mentira", mas não postula nenhuma verdade absoluta.

Mas vamo tocando. Sem saber direito como, porque, onde ou quando, mas vamo tocando. Por sinal, vou ver se tiro mais uma música do Franz Ferdinand agora. Beijos no átrio *=

PS - Citação do Dia:

"As pessoas na internet têm a tendência de repetir as coisas
As pessoas na internet têm a tendência de repetir as coisas[2]"
~ Tiago Foca

PPS - Fazia pouco tempo que eu não postava. Por sinal, não tá formatando direito. Vai assim mesmo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Casa da Susan Boyle


Sabe, é muito mais prático postar imagens quando você tá sem tempo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Essa Tal Lei

Que tal escrever sobre o assunto teoricamente oficial do blog? Sério, não teria momento mais propício. Cá estou eu, noite pré-prova (ok, não é nenhuma prova aterrorizante), em um momento que deveria estar estudando. E AHA o que me ponho a fazer? Escrever sobre essa poha de lei de murphy que teima em reger as nossas vidinhas fu/úteis. Não sei, é que cada vez mais eu tenho tentado não driblá-la, mas aprender a mexer com ela. Sem brincadeira, dá pra dizer que é uma lei psicológica mesmo, se bem que tenho minhas dúvidas de quão psicológica ela é. Ou não.

(Já dizia o Arkael,"Ou não" é a Constante Fundamental do Universo. Ou não.)

Comecemos assim: Lei de Murphy. De onde veio? A fonte mais provável (depois eu tenho que falar da improbabilidade; eu deveria anotar isso) é o Edward Alguma Coisa Murphy, um militar que se você procurar na internet - e tiver decência suficiente pra não achar que é o Eddie Murphy - vai acabar encontrando. Reza a lenda que ele tinha a mentalidade de que "se alguém pode danar todo o processo, essa pessoa VAI fazer isso", ou, em outras palavras, se algo pode der errado, dará. Daí nasceu toda essa ladainha de lei de pão caindo com manteiga pra baixo, gato com pão nas costas não-caindo no chão, e infinitas coisas desgraçadas e desgraçadoras que acontecem bem nas horas mais desgracentas. comofas//

Agora ontem já foi, a prova já foi, e acho que aprova. Eniuei. Costumo ser cético em relação a virtualmente tudo o que me apresentam de não-natural, sobrenatural ou contra-intuitivo. Por sinal, fiquei sabendo que conforme você avança no curso de física aumenta o desafio à sua intuição. Mas beleza. Quando me falaram dessa tal Lei, eu nem dei bola, mas de uns tempos pra cá tenho tentado não passar a perna no murphy, mas fazer bom uso dele - se é que isso é possível. Funciona assim: quando você vai fazer alguma coisa que pode dar errado, a regra (que fique assim) diz que vai dar errado. Pois bem. Mas... quando se tem consciência disso, é comum tentar evitar o erro, o que inevitavelmente falha também, muitas vezes pela erupção de outro erro, de forma nada esperada. Ou então a sua precaução acaba ficando completamente desnecessária. É como quando você acha que vai chover e compra uma bela capa de chuva, mas nunca tem a oportunidade de usar. No dia que você deixar a capa em casa pode ter certeza, vai chover.

Mas aí o sujeito sabe que isso pode acontecer e arranja uma outra precaução... e não chove. Tirada a precaução, "volta" a chuva. É tipo um paradoxo, ou um círculo vicioso: você está precavido e o problema desaparece. Some a precaução, ele reaparece. Coisas que se excluem. Tá, também não é assim. Dá pra lidar. Por exemplo, no caso da chuva, se você não quer se molhar, custa nada andar com a capa na mochila. É um preço baixo para um benefício relevante. Mas repara: tem muita coisa por aí - e por aqui - que é, digamos, ruleada (regida. não resisti) por essa frase cataclísmica que o cara acidentalmente enunciou. Não sei se aí entra nos ramos da (im)probabilidade, do ou não, não sei. Não vou postar agora, mas ainda mando uma lista de aplicações (?! talvez seja melhor aparições) dessa lei no dia-a-noite. Beigos.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Pout-pourri de assuntos aleatórios

Apagaram o Discografias, o Clodovil morreu e até o Chitãozinho foi no show do Iron Maiden. Volta, mundo!

Véi

Eu particularmente gosto de quando as coisas evoluem rapidamente. Às vezes esse gostar é meio suicida, em especial quando se trata de alguma coisa que se for beeem devagarziiinho (a.k.a. seus problemas) é muito melhor. Mãss, mesmo assim, quando a coisa tá feia de vez, fica aquele gostinho, aquele prazer de desafio. Mas não se trata disso - o google ainda existe, muitas pessoas que nasceram no dia 17 de junho ainda estão vivas (por exemplo, eu) e a boa e velha - e velha - donzela de ferro, se veio ano passado e este ano, bem que pode vir mais vezes. Bora indução finita neles!

É verdade que eu poderia ter ido, se me organizasse melhor. Também é fato que eles tocaram algumas das minhas músicas favoritas. Por outro lado, show é pra isso, pra tocar as favoritas de todo mundo, então não dá pra esperar que fosse diferente. Por sinal, tem show do Radiohead vindo ae, e eu também não vou. Acho que se eu ouvisse ou conhecesse a banda o suficiente pra saber o nome de alguma música talvez quisesse ir. 8)

Dizem que é boa, deve ser. Enquanto isso, na cidade do clima, eu vivo na minha rotinha alegre. Lembra(m) aquele post que eu prometi algumas vezes fazer e até comentei a idéia depois? Entonces. Ela cresceu e virou do avesso. Até que seu interior não é tão ruim. Digo isso porque tem uns interiores que valha-me: outro dia eu tava no meio de uma conversa sobre teorias de conspiração, e, como em toda conversa sobre isso, não posso deixar de dar risada. Não que eu não fique rindo em qualquer outra conversa, claro, é raro isso não acontecer. No mínimo risada interna. Mas enfim, teve uma hora que falaram uma teoria escambrosa sobre o flúor na água manipular as nossas mentes (UHUHUHUHUH), e eu não me contive. De boa, tava engraçado. Mas aí foi eu sugerir a possibilidade das teorias de conpiração serem uma conspiração - já explico - que um "fala com a minha mão" geral se sobrepôs, e fim de conversa. Melhor assim. Não só pra mim :S

A teoria é a seguinte. Ah, não leia se você não gosta de teorias de conspiração, de hipóteses zoadas ou de exercícios/modelos/simulações mentais/Gedankenexperiments.

Todo mundo que se preza já ouviu uma teoria de conspiração. São as canetas BIC que querem dominar o mundo, as empresas farmacêuticas que contratam modelos pra parecerem felizes e fazerem você comprar Prozac, ou coisas mais legais, como a Área 51, ETs, Illuminnati, entre outras coisas que controlariam o mundo por trás da - nem sempre - telinha do seu pc. Eles teriam mecanismos manipulatórios (UHUHUHUHUH)[2] para deixar a massa alienada, de forma que ela não interfira em seus desígnios, e faça com que eles (eles? quem são eles? DD:), eles... sigam suas vidas privilegiadas e não-manipuladas sem que ninguém interfira em seus desígnios. Aí se ELES podem conversar com extraterrestres, soltar um kamehameha ou apenas ganhar dinheiro às suas custas, é só detalhe. POOOORÉM e se essas teorias estiverem aí só pra ocupar a mente de quem deixa espaço vago nela - cabeça vazia, oficina do diabo - e distrair a pessoa de problemas mais interessantes ou importantes? Tipo Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas, que são nos anos de eleição. O Seu Ronaldão e o Roberto Carlos fazendo merda são praticamente excomungados (porque ser brasileiro às vezes é religião), enquanto o curral eleitoral pasta contente. Sem falar nos mensalões e CPIs que estouraram tanto antes. Se duvidar, futebol nunca foi tão útil pra política brasileira quanto naquela época.


E aí? E se for tudo uma conspiração? TÃ-NÃÃÃÃ!
E se... for que nem a Matrix? Como o povo não se acomoda com uma vida sem muitos problemas, vamos dar uns problemas a mais! Aí eles não vão questionar o que não é bom que questionem. Vamos deixá-los preocupados com lavagem cerebral na água, enquanto fazemos a nossa... a seco! (Ok, a piada foi péssima. Mas evitar piada é que nem segurar peido. Você aguenta na boa, mas sabe que o melhor é soltar. :D)

Do que que eu tava falando mesmo? Talvez alguém já tenha percebido que neste post eu só escrevi adoidadamente, pulando de assunto pra outro como o Clodovil trocava de roupa (eu imagino). Bem, ele agora vai ficar com o seu paletó de madeira pra sempre. Então para o post aqui, porque o assunto também acabou.

PS - ...! falei tanto que o tema deste post fica pra outro.
PPS - Não deixe(m) a demora criar expectativas.
PPPS - Descobri que pout-pourri e medley significam a mesma coisa. Que bosta.
PPPPS - O título do post é meio que definição do meu blog. Mas talvez medley ficasse menos gay que pout-pourri.
PPPPPS - É legal fazer post-post-scripta.

sábado, 14 de março de 2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

Blog offline -n

Olá, meus queridos. (Ui.) Eu fiquei um tempo sem postar pelos motivos que expliquei no post anterior. (Que, na verdade, é o que veio antes desse.) Eu praticamente entrei em pânico no começo, mas depois que voltei de São Carlos as coisas já estavam um pouco resolvidas. Indo procurar uma pensão pra morar, acabamos (eu e meus pais) encontrando uma kitnet, depois de andar muito. Sabe aquela coisa de você vai num lugar, onde indicam outro, onde indicam outro, onde indicam outro, e de portão em portão você chega aonde não planejou? Pois é. Ao passarmos por uma trufaria - sem comer nada! D: - a mulher falou para irmos até um prédio-caixote ali perto. Fomos, não tinha ninguém, e quando íamos seguir adiante, quando saiu um cara de lá, e ele indicou um portão verde próximo. Disse que provavelmente não teria nada lá, mas que tentássemos. Lá, a dona falou que tinha parado de alugar quartos, e mencionou um prédio "onde tem uns trinta apartamentos". Eu achei muito. Ao chegarmos lá, lindo, mas não tem telefone nem portaria nem nada. Novamente quase fomos embora, quando brotou um cara perguntando se a gente estava alugando um quarto ali, quando na verdade era exatamente isso que estávamos procurando. Beleza, ele entrou pra ver se tinha ficado correspondência pra ele - já não morava mais lá - e nós entramos junto. Daí, o cara cumprimentou um outro que passava pelo corredor. - Ô, você sabe de algum que tá desocupado? - Eu tô saindo hoje. Vocês querem ver?

Lugarzinho eshperto! Vou encurtar as coisas: estou morando aqui agora. Na verdade, estas palavras estão sendo (foram, pra vocês) escritas na noite do dia 16, segunda-feira da semana de recepção dos calouros - DOS BIXOS. Eu não tenho internet ainda, mas não vai demorar: o povo aqui do prédio parece estar bem interessado em dividir net, deve ser assim todo começo de ano. E eu ouvi falar em dividirem uma conexão em até 15 pessoas... deve dar. No momento, eu estou um pouco manchado de tinta seca (trote. pedágio. elefantinho. hahah), e ouvindo a galera conversar no corredor. Vou tomar banho, e depois acho que vou pra lá, ver se consigo alguma coisa a respeito da internet, ou só conversar mesmo. Andei bastante hoje e quero dormir também, mas isso é depois.

É provável que depois deste venham vários outros, tudo blocado num postão só. Azar o seu (?)

________________________________

Masolhasó! Não vieram, hah. Em vez disso vêm algumas palavras escritas quase um mês depois. Int'ressante. Eu ainda não tenho net na kitnet, também não cansei dessa piada, e tô agora indo atrás de outras coisas - tempo, organização, livros, apostilas, xerox, blá.

A vida é boa aqui. Não me sinto inseguro de andar à noite, e não acho que é só o fato de "ser adultinho" agora. A cidade é mais tranquila mesmo, é metade de Londrina. É engraçado, eu passei pela avenida principal da cidade (aqui tem isso, e não vai deixar de ter) à noite na sexta, aí tinha emo pra todo lado, uns bandos mexendo com os outros. Muito engraçado. Por outro lado, não tem mano! Ao menos, não cheguei a ver o suficiente pra reparar. Assim, claro, tem aí um ou outro sujeito street style, mas nada se compara às paragens pé-vermelhas. Ahm, agora eu estou cansado, e ainda quero passar na padaria pra comprar leite e pão. Quero fazer isso ainda esta semana, sabe. /hum

De resto, tá divertido: é legal conhecer pessoas novas, com opiniões contrastantes, e se deparar com situações do tipo "será que você aprendeu direito
?", mas muito além do cenário acadêmico. Falo de ética, respeito, comportamento, organização, foco, disciplina... essas coisas que se aprende em casa ou em algum lugar que preste.

Quando tiver um assunto - mentira, já tenho, só que ele murchou um pouquinho ultimamente. será que tenho me ocupado demais
? - posto aqui. Ããh.