Estava lembrando de aí outro dia que eu estava tentando explicar para a Ju, a Dé e o Minas Gerais uns pensamentos antigos meus.
Sabe quando literalmente faltam palavras para explicar o que você tem a dizer?
Eu sei bem que isso é natural, a linguagem de cada um depende de sua bagagem. Quem não é esquimó não tem vinte palavras pra diferenciar um tipo de neve do outro, e quem mora numa ilha lá pela polinésia não precisa diferenciar azul do verde. Só exemplos.
É que a gente, por alguma razão, chegou na palavra BIZARRO - eles devem se lembrar. Essa, segundo o meu primo (e eu concordo com ele), é uma palavra que dá pra se escrever de vááárias maneiras. Mais ainda se for bizarre, em vez de bizarro. Isso abre caminho pra bzar, b-zaa, bezerra, bzoor, BZAH... enfim! Eu então falei que bizarro é uma palavra que se descreve, é uma palavra bizarra. Autodescrevente. Eu tentei procurar exemplos parecidos, e lembrei do clássico exemplo: batata.
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Quem fala desse assunto com autoridade, se é que isso é possível, é o Luiz Fernando Verissimo. Por sinal, eu sou fã dele. Tem uns textos dele que exemplificam melhor do que a minha imaginação consegue no momento. Na verdade, esse é um tema que volta e meia aparece em textos dele, mas tem uns que tratam bem do que eu falei aqui.
Palavreado - http://xadai2.blogspot.com/2008/04/palavreado-luis-fernando-verssimo.html
Pudor - http://ciberduvidas.sapo.pt/antologia.php?rid=765
Postado por Robert (Loo) às 07:53
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBatata é uma palavra bizarrex.
ResponderExcluirE bizarro é uma palavra batatal, ué.